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Coelhos - Encefalitozoonose ou Nosematose

Encefalitozoonose ou nosematose - Coelhos




Coelhos - Encefalitozoonose ou Nosematose

Não há cura para Encefalitozoonose ou nosematose!
É causada por um parasita(protozoário) chamado EncephalitozoonO organismo é absorvido do intestino para células mononucleares e posteriormente distribuído para outros órgãos. Os esporos têm predileção pelo rim e tecido cerebral, onde as lesões são encontradas com mais freqüência. Esporos aparecem nos rins 31 dias após a inoculação e são excretados na urina ate três meses após a inoculação.
As causas para o contagio são:

  • o contato da urina do coelho com sua mucosa oral (sendo o principal meio de transmissão) ;
  • contaminação oral-fecal ;
  • contaminação respiratória ;
  • contaminação transplacentária. 
A maior contaminação ocorre entre a mãe e o filhote. Coelhos jovens, nos quais os anticorpos maternos perduram por cerca de quatro semanas, estão em risco crescente de desenvolver a doença na forma clínica, caso sejam alojados em condições de baixo padrão sanitário ou sejam alimentados e recebam água em vasilhas de barro. O diagnóstico muitas vezes não e fácil, pelo estado de doente sub-clínico ou crônico do hospedeiro. 
Sintomas:
  • retardamento do crescimento,
  • tremores,
  • torcicolo,
  • paralisia,
  • convulsões;
  • podendo chegar à morte.

Disfunção vestibular, trauma cranial, otite, Pasteurella multocida, nematódeos como Baylisascaris procyonis e listeriose (Listeria monocytogenes) devem ser sempre lembrados ao suspeitar-se de nosematose.

Apesar do agente ter predileção pelo rim e posteriormente pelo cérebro, os pulmões, coração e fígado podem ser afetados de uma maneira transitória. Nos estágios iniciais ou mais agudos da doença, na necrópsia podemos observar os rins moderadamente aumentados e apresentarem áreas esbranquiçadas no córtex.
 A infecção crônica é evidenciada por numerosos pequenos pontos (1 a 3 mm) distribuídos sobre a superfície cortical. A lesões corticais não são macroscopicamente evidenciáveis. 
Lesões microscópicas incluem nefrite intersticial com formações granulomatosas e no cérebro, focos de necrose rodeados por linfócitos, plasmócitos, células da microglia e células epitelióides assim como extensivo infiltrado perivascular, meningite e granulomas.

As infecções por Encephalitozoon cuniculi podem ser detectadas pela reação de imunofluorescencia indireta, através de teste cutâneo, utilizando-se antígenos de Encephalitozoon, pela produção de fluido ascítico em camundongos suscetíveis, após injeção intraperitoneal de tecidos infectados ou pela observação histológica dos granulomas característicos e infiltrado perivascular no interstício renal e cérebro. O método ELISA ou outro teste sorológico sensível e necessário para a determinação da encefalitozoonose em um biotério. Como salientado no início do texto, outras patologias podem ser confundidas com nosematose. Exame minucioso do paciente, radiografias do crânio e cultura de secreções otológicas devem ser realizadas.

A transmissão via urinária e fecal é reduzida com:
 a utilização de bebedouros tipo garrafas ou automáticos, comedouros apropriados e gaiolas adequadamente limpas. A eliminação do parasita de uma colônia é difícil. Os esporos podem permanecer viáveis por quatro semanas em ambiente seco.

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